Sobre o Pico
Os Açores
Conhecidas pelas suas belezas naturais e premiadas em categorias como Turismo Sustentável ou Turismo de Aventura, as 9 ilhas dos Açores, compõem um arquipélago de uma beleza singular, que durante séculos tem encantado visitantes e apaixonado residentes.
Oficialmente Região Autónoma dos Açores, é um arquipélago transcontinental, de natureza vulcânica, e um território autónomo da República Portuguesa, situado no Atlântico Nordeste, dotado de autonomia política e administrativa.
Sob o ponto de vista geográfico, as ilhas distribuem-se por três grupos: o grupo ocidental, constituído pelas ilhas do Corvo e das Flores; o grupo central, formado pelas ilhas Graciosa, Terceira, São Jorge, Faial e Pico; e o grupo oriental, materializado pelas ilhas de São Miguel e de Santa Maria. A sua população atual (dados de 2021) ronda os 236.657 habitantes.
Preparado para
uma aventura única?
Se está interessado na história, cultura e outros fatos sobre o Pico, aqui vai encontrar informação que poderá ajudar a conhecer um pouco mais.
Idioma oficial: Português Religião: Católica Moeda oficial: Euro (€)
Geografia
É a segunda maior ilha dos Açores com 444,9 km2 de área de forma alongada, graças aos seus 46,2 km de comprimento e 15,8 km de largura máxima. Preenchida pelo vulcão da Montanha do Pico na sua metade ocidental afastada 6 km da vizinha ilha do Faial e é povoada por 13 895 habitantes (dados de 2021). É a ilha mais a sul do Grupo Central do Arquipélago dos Açores e um dos vértices das chamadas “ilhas do triângulo”. O ponto mais elevado da ilha, aos 2351 m de altitude, é também o ponto mais alto de Portugal.
Clima
A localização geográfica, no contexto da circulação global atmosférica e oceânica, condiciona o seu clima. A circulação atmosférica é comandada pelo Anticiclone dos Açores, cuja posição, intensidade, desenvolvimento e orientação influencia as condições meteorológicas sentidas no arquipélago.
A Ilha do Pico tem um clima quente e seco, apresentando temperaturas ao longo do ano entre os 13ºC a 25ºC.
A época mais quente prolonga-se de julho a setembro, com temperaturas máximas de 24ºC e mínimas de 20ºC, em média. A época com temperaturas mais baixas vai de novembro a maio, com temperaturas máximas diárias de 18ºC.
É incomum dias de céu completamente limpo, sendo o mês de julho o menos encoberto do ano, em que o céu está quase sem nuvens ou parcialmente encoberto.
A precipitação é regular, o período mais seco é de abril a setembro, sendo julho o mês com menor número de dias com precipitação, e o período mais chuvoso é de outubro a março, sendo o mês de dezembro o mais chuvoso do ano.
A temperatura média anual da água do mar é de 18.9ºC.
É no Pico que podemos encontrar os principais vestígios da epopeia baleeira açoriana. Lajes, São Roque, Calheta de Nesquim ou Ribeiras convidam a descobrir portos pitorescos, velhos baleeiros e ruelas com casario típico. Na ilha existem diversos espaços museológicos que ajudam a melhor compreender este fenómeno, como o Museu da Indústria Baleeira e o Museu dos Baleeiros.
A cultura vinícola também está bem presente. Os terrenos estendem-se pelo horizonte, num impressionante mosaico de pedra negra: os “currais”, um reticulado de quadrículas, delimitadas por muros de basalto, onde se plantam as videiras, e que correspondem a centenas de quilómetros de muros de pedra arduamente erguidos. Estes terrenos, misto de natureza lávica e práticas culturais ancestrais, englobam a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, Património da Humanidade da UNESCO desde 2004.
Para além das Festas do Espírito Santo, o Pico tem especial devoção ao Senhor Bom Jesus Milagroso. Os festejos decorrem em São Mateus, em Agosto, e têm por base a veneração dos peregrinos a uma imagem exposta no Santuário do Bom Jesus Milagroso. Na Madalena, a festa dedicada à padroeira do concelho, Santa Maria Madalena, inclui manifestações religiosas, desportivas e culturais que animam o mês de Julho, com muita música, sendo uma das festas mais conhecidas do arquipélago,
Em São Roque, o Cais de Agosto combina espetáculos musicais com mostras de artesanato e provas desportivas e, nas Lajes, a Semana dos Baleeiros junta a homenagem aos antigos baleeiros a um programa que anima a parte final do Verão. Já em Setembro, a vila da Madalena propõe as Festas da Vindima, com arraial e evocações etnográficas com base na cultura da vinha.
O Artesanato desempenha um papel valioso na nossa sociedade, mantendo viva a essência da criatividade, habilidade e cultura tradicional.
A arte Scrimshaw em dente de osso de baleia é uma forma de expressão cultural enraizada na tradição da caça à baleia. A caça à baleia foi um ofício que contribuiu para a economia açoriana durante mais de um século, por este motivo, os artesãos atuais relembram esta tradição, criando peças em osso e dente de baleia alusivas à caça do cachalote e acessórios de bijuteria.
O mar dos Açores e a sua riqueza em espécies marinhas, levou a que a arte da escama de peixe se manifestasse entre os artesãos açorianos, uma forma criativa e única de utilizar as escamas como matéria-prima para a criação de obras de arte como flores, acessórios de bijuteria e decorações.
Destacam-se as rendas mais admiráveis do Arquipélago, um tesouro do artesanato salvaguardado pelas rendeiras locais. Estas rendas possuem motivos religiosos, relacionados com o Espírito Santo, flores detalhadas, formas geométricas e os seus elementos base as “rosetas”.
O Artesanato é uma ótima lembrança desta ilha, uma escolha especial e significativa que carrega uma memória de um povo, não deixe de visitar os artesãos locais durante a sua estadia e contribua para a valorização destas artes.
Extensos campos de lava marcam a paisagem da ilha, denominados de “lajidos” ou “terras de biscoito”, e servem de mote à cor cinza predominante. Também os currais da vinha, os maroiços nos terrenos agrícolas, os muros de caminhos, veredas e divisórias dos terrenos, remetem para esta tonalidade, entremeada com o verde da vegetação.
O ex-líbris natural da ilha é a sua Montanha, com 2350 metros, ponto mais alto de Portugal. O cone vulcânico ergue-se majestoso, cortando o azul celeste ou deixando-se enrolar num manto de nuvens. Para oriente deste colossal vulcão, a ilha espreguiça-se numa longa cordilheira vulcânica de exuberantes manchas de vegetação endémica e verdejantes pastagens.
O vinho da ilha do Pico é reconhecido desde o seu povoamento, tendo sido exportado para os czares da Rússia, para Portugal Continental e para o Brasil. Desde cedo, a vinha foi trabalhada em pequenos currais de pedra vulcânica que modificaram a paisagem, sendo hoje considerada Património Mundial da Humanidade.
Os vinhos brancos, tintos e rosé produzidos na ilha são bastante apreciados, e a angelica e os licores de frutos são algumas das propostas mais doces, para aqueles que apreciam. Desde cedo, aqui, tirou-se proveito do mar, quer pela caça à baleia, quer pela pesca, sendo a caldeirada de peixe o prato mais típico. O mel produzido com a flor do incenso e o Queijo do Pico – DOP, completam a lista de preciosidades gastronómicas da ilha. À mesa, são diversas as propostas para uma refeição típica, com destaque para o polvo guisado com vinho de cheiro, linguiça com inhame, ou molha de carne.
A Ilha do Pico possui uma riqueza natural inigualável, o seu nome é uma referência à ilustre montanha do Pico, a maior montanha do país, que se ergue no centro da ilha proporcionando paisagens maravilhosas ao seu redor.
Desportos e atividades em terra
Os passeios pedestres são uma boa forma de conhecer os extensos campos de lava denominados pela população de “lajidos” ou “terras de biscoito”, mas também os currais da vinha e os maroiços nos terrenos agrícolas. Existem percursos pedestres oficiais que podem ser consultados no trails.visitazores.com, estes percursos são uma oportunidade única para os entusiastas de caminhadas e amantes da natureza descobrirem a riqueza natural e cultural desta ilha.
Para os mais aventureiros, subir a Montanha do Pico pode ser uma experiência inesquecível e desafiadora, a maior montanha de Portugal, com 2.351 metros de altitude, oferece uma das vistas mais espetaculares que se pode ter em todo o arquipélago.
A prática de rappel e espeleologia são boas opções para explorar a beleza subterrânea da ilha como as estalactites, os cones vulcânicos, os Algares e os tubos lávicos, complementando com a adrenalina do rappel numa descida por uma antiga queda de água. Estas são atividades que devem ser praticadas com a máxima segurança pelo que se aconselha a sua realização com uma empresa da especialidade.
Pedalar pela ilha é, também, uma forma tranquila de apreciar a paisagem ao seu ritmo, os passeios de bicicleta levam-nos a conhecer recantos ricos em natureza e cultura, existem várias empresas especializadas nestes passeios, com diferentes rotas para diferentes gostos.
Desportos e atividades náuticas
A Ilha do Pico é um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza e entusiastas da vida marinha, tornando-a num destino de eleição para a observação de cetáceos e desportos de mar.
A observação de cetáceos pode ser realizada com empresas especializadas, existem imensas espécies que frequentam estas águas, destacando-se os golfinhos, as baleias-piloto, as orcas e as baleias-azuis e baleias-sardinheiras.
A pesca desportiva é, também, uma ótima atividade para se praticar durante a sua estadia, em alto mar encontra grandes tunídeos como o espadim e junto à costa os lírios e pargos.
Canoagem e stand up paddle são boas opções para conhecer a costa litoral da ilha, as baías, falésias, vida marinha e apreciar as vistas panorâmicas para a montanha do Pico.
Centros de Saúde:
Devido à dimensão da Ilha do Pico, existem apenas três centros de saúde para prestar serviços de emergência, em caso de gravidade, os utentes são encaminhados para o Hospital da Horta, na Ilha do Faial, ou para o Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira.
Madalena: (+351) 292 628 800
São Roque do Pico: (+351) 292 648 070
Lajes do Pico: (+351) 292 679 400
Número de emergencia: 112
Serviço de Urgência para Cidadãos Surdos: Pode contactar os serviços de urgência da Proteção Civil, através de vídeo chamada Skype, para o SERViiN – LGP INTERPRETE ou para o número 12472. O intérprete de Língua Gestual Portuguesa comunicará com o serviço de urgência pretendido. Este serviço está disponível de segunda a sexta-feira, das 7h00 às 22h00, incluindo feriados.
APP PROCIV Açores: A aplicação disponibiliza informação sobre as principais medidas de auto proteção para situações de risco de incêndio, sismos, tempestades, incidentes tecnológicos ou outros; divulga alertas sobre alertas meteorológicos e comunicações sismológicas, auxilia nos primeiros socorros às vítimas de acidentes e intoxicações.
Quanto às chamadas para o 112, a aplicação, além de permitir que a chamada seja feita consoante o tipo de chamada de socorro (acidente, doença súbita ou outras), envia automaticamente um email com os dados que preencheu no seu perfil, diretamente para a Linha de Emergência Médica, para que possa ajudá-lo de forma mais rápida e eficaz.
A Proteção Civil disponibiliza brochuras com as medidas de auto proteção (MAP) e/ou informação pertinente à população e visitantes. Clique no link que segue e aceda aos documentos que poderá consultar ou descarregar.
Polícia:
Madalena: (+351) 292 622 860
São Roque do Pico: (+351) 292 642 115
Lajes do Pico: (+351) 292 672 410